sexta-feira, 30 de março de 2018

Jacau lança CD Banzo

A banda baiana Jacau, da cidade de Itabuna, acaba de lançar seu novo CD. Intitulado “Banzo”, esse material vem com um som rápido e agressivo, característica marcante da banda. Em Banzo a Jacau vem com a temática das letras sobre períodos da escravidão no Brasil, que, de maneira velada, infelizmente persiste até hoje.
Gravado no estúdio 878 em Itabuna, com apoio da Cma digital, o álbum conta com 15 faixas. Destaque para a parte gráfica e ótima qualidade da gravação. O Disco esta disponível em CD, que foi produzido pela trinca de selos; Brechó DiscosBig Bross Record e São Rock Disco e pode ser adquirido também diretamente na pagina da banda e dos apoiadores do projeto:
Betometalmania: loja em Itabuna-Ba
O show de lançamento acontecerá em Itabuna, no Centro de Cultura Adonias Filho, as 14 horas, no dia 8 de Abril com entrada franca, e contará, além da Jacau, com a participação das bandas Second Face e Ruarez.
Dá o play em Banzo, e se estiver por perto, cola no show!



Contatos:

Ouça Jacau no:

quarta-feira, 21 de março de 2018

Os Replicantes lança Libertà

A história da banda Os Replicantes é parte grande da história do rock gaúcho. Formada em 1983, numa garagem, por amigos que queriam fazer punk rock, depois de várias tentativas, a banda finalmente consegue fazer sua primeira apresentação no quintal da casa de um amigo. Disso para o primeiro show não demorou muito. Era 1984, e conseguiram gravar a música "Nicotina" num estúdio simples, de 4 canais, com a ajuda de Carlos Eduardo Miranda.
A partir daí, entram de fato para a história do rock gaúcho ao produzirem um clipe para a música Nicotina, se tornando a primeira banda do estado a conseguir esse feito.
A banda então se desponta no cenário da região e consegue um contrato com a gravadora RCA e gravam o LP "O Futuro é Vortex", em São Paulo.
De lá para cá, com algumas mudanças na sua formação, a banda lançou vários materiais em LP, CD e DVD, e em 2006 surge a vocalista Júlia Barth, substituindo Wander Wildner, e que posteriormente grava o disco "Os Replicantes 2010".
E agora em 2018, a banda surge com "Libertà". Um disco cru, direto, punk rock do começo ao fim! Formada por Júlia Barth, Heron e Claudio Heinz e Cleber Andrade, nesse disco Júlia se mostra bem mais a vontade, e destila todo seu ódio e repúdio em músicas como "Feminicídio" e "Não me leve a mal".
Outro destaque é a qualidade do material, desde a gravação até a parte gráfica. Com foto de capa produzida por  Fábio Alt, o disco foi gravado no estúdio Marquise 51, com produção da própria banda juntamente com Davi Pacote, baixista da banda Tequila Baby.
É punk rock clássico, dá o play!!!

CONTATOS:
Site Oficial: osreplicantes.com.br

sexta-feira, 16 de março de 2018

Cólera Lança novo CD

Foi disponibilizado a versão digital do novo CD da banda paulistana Cólera. Dedicado em memória ao saudoso Redson Pozzi, vocalista, falecido em setembro de 2011.
Após a morte do vocalista do Cólera, o roadie Wendel assumiu os vocais, e passaram pela banda os guitarristas Cacá Saffiotti (Garotos Podres) e Anselmo Pessoa (Skamoondongos). Com a entrada de Fábio Belluci a banda estabiliza a sua formação para a gravação do disco. Conversei com Pierre uma vez em São Paulo e ele me falou que antes de Redson morrer, eles já vinham compondo esse CD novo, e que tinham algumas gravações de ensaios do álbum, que inclusive acabou entrando de bônus do disco com três sons cantados por Redson. Mas para finalizar o material, todos da atual formação participaram das composições. O disco teve ainda a co-autoria de Alonso Goes (Asfixia Social) nas faixas 1, 2, 5, 7, 8 e 11.
Fábio, Pierre, Wendel e Val. Cólera 2018.
 "Acorde! Acorde! Acorde!" foi coletivamente financiado pelos fãs via Catarse. A arte da capa ficou com o grande artista pernambucano Wendell Araújo (Nark/Eu o declaro o meu inimigo). Produzido pelo João Noronha e distribuido pelo selo EAEO Records, o novo CD será lançado no Sesc Pompéia, em São Paulo no dia 22 de Março.
O "Acorde! Acorde! Acorde!" era um projeto muito esperado, que devido a morte de Redson, ficou por alguns anos sem sair do papel. Numa primeira audição já é perceptível que a banda vem com a mesma pegada de sempre, com Wendel chegando muito próximo do timbre de voz de Redson. O disco vem também com arranjos de metais (trompete, trombone e sax), mas que também não é uma novidade em se tratando de Cólera, visto que a banda já tinha usado esse expediente no álbum "Deixe a terra em paz", gravado em 2003.
Enfim, esse é um CD que esperamos por anos, e agora é hora de ouvir com calma, e sentir a sensação de que o grito de Redson não foi em vão!

segunda-feira, 12 de março de 2018

Lançado documentário "A urgência nossa de cada dia"

Ando sem movimentar o blog pelos mais variados motivos que não convém dizer aqui. Mas volto divulgando o documentário "A urgência nossa de cada dia", lançado essa semana, e achei que não poderia deixar passar batido. Produzido em Salvador-Ba, com direção de Deniere Rocha, o filme independente mostra a rotina de uma banda underground, no caso a Unkilled (que prepara um EP para ser lançado ainda esse ano), se apresentando dentre outros locais, no festival Arranca Canela, clássico dentro do cenário da região da capital baiana. Em um resumo grotesco (Tosco Todo), o documentário mostra que se você tem banda ou produz algo no cenário underground, tem que parar de reclamar, levantar a bunda da cadeira e correr atras do que você acredita! Conversei com Deniere e também com Elessandro, baixista e vocalista da Unkilled. Dê o play e depois leia a entrevista!
É visível que o documentário foi feito de forma independente, provavelmente sem recursos e equipamentos ideais. Nos fale mais sobre o processo de produção do material.
Foi na base do faça você mesmo?
Elessandro - A ideia e produção do documentário foi de Deniere.
Deniere - O documentário foi realizado de forma TOTALMENTE independente!! Precisei, apenas, de um celular, criatividade, paciência, algumas noites sem dormir e muita disciplina. O material bruto apresentava vários problemas técnicos e eu tive que consertar muita coisa na pós-produção. Foram 7 horas de material bruto para resumir em, aproximadamente, 20 minutos. As entrevistas foram gravadas em cinco dias. O trajeto e a apresentação da banda foram gravadas em um dia. As imagens de outros shows eu já tinha aqui, pois filmei esporadicamente, quando fui prestigiar os meninos. Escolhi o Arranca Canela por ser um evento de rua, por eu ter amizade com a galera do Coletivo dos Pombos, (que organiza o evento), as condições técnicas de iluminação favoreceram também e por achar que é um evento que representa bem a cena underground de Salvador. A escolha da banda Unkilled se deu por eu ter mais proximidade com a galera, o que facilitou bastante para nossos encontros.
Seguimos a ideia do "FAÇA VOCÊ MESMO". Quando coloco no título "nossa urgência", quero mostrar que essa urgência de criar, de produzir, transformar nossas inquietações em algum tipo de manifestação artística, seja ela música ou filme, é uma urgência em comum de todas as bandas do meio underground e minha. E quero ressaltar: a galera da banda Unkilled, representou muito bem a urgência de todos que estão inseridos na cena.
O que lhe motivou a fazer esse registro?
Deniere - Frequento a cena underground de rock em Salvador desde 2011. E sempre senti uma inquietação, vontade de contribuir, criar! Já tentei entrar (como guitarrista) em bandas, mas nunca deu certo. Então, parei de bater na mesma tecla e vi que podia somar de outra forma. Como estou me inserindo no ramo do audiovisual, pensei que seria uma boa maneira de contribuir. Conheço e tenho amizade com várias pessoas da cena, principalmente, com os meninos da banda Unkilled. Diante disso, sei das dificuldades, das superações e da vontade incessante que eles tem em tocar e continuar fazendo parte disso tudo. Pensei: Por que não transformar essa urgência em um filme? Por que não documentar e tornar acessível para o maior número de pessoas? Por que não fazer isso de forma independente, também? Queria retratar a cena de uma forma mais profunda. Não queria falar da cena por falar. E o documentário é isso, um pouco do meu olhar e a imersão na vivência dos meninos da banda Unkilled, que foi escolhida para representar todas as outras bandas e coletivos.
Qual a importância de um registro como esse?
Elessandro - A importância é gigante, pois falamos ali das dificuldades que passamos, acredito que a maioria das bandas vão se identificar. Em Salvador temos muita dificuldade com transporte e horário de sons, disponibilidade de casas para tocar, que estão escassas e também a falta de segurança, porque não temos garantia nenhuma que voltaremos de boa pra casa depois de um som. Então no documentário fica uma demonstração para o publico sobre o quanto que uma banda underground se entrega pra passar um som pra galera, pois nos desdobramos pra fazer uma apresentação. De certa forma esperamos melhoria, não só pra Unkilled, mas para as outras bandas em geral que fazem esse corre exatamente na mesma pegada que o nosso.
Deniere - Como estamos imersos numa cultura onde o audiovisual tem uma força gigantesca, acredito que é uma forma de apresentar e divulgar o trabalho da galera independente a um maior número de pessoas, sejam elas adeptas ou não da cena underground. A internet possibilita isso: ultrapassar fronteiras. Não é mesmo? E espero que consigamos!
Contatos:
Deniere Rocha
Unkilled