sábado, 30 de junho de 2012

Entrevista com Barata do DZK

A entrevista de hoje é com o Barata, vocalista da Banda DZK. Um cara simples que tive o prazer de conhecer pessoalmente ano passado no Hangar 110, durante o show "Tributo Ao Redson (Cólera)". E depois de fortalecida a amizade, Segue aí o bate papo...
Barata em ação!!!


1- Prestes a completar 30 anos de estrada, o DZK teve durante esse tempo vários problemas para manter a formação. Conte-nos um pouco sobre o começo da banda e sobre a sua entrada no DZK? Diz a lenda que foi através de um anúncio de jornal, é verdade? 
Barata- É verdade, estamos completando 30 anos de história, passaram vários guitarristas pela banda e não aguentaram o rojão, mas conseguimos nos manter no cenário. Eu vim de outra banda chamada Desespero, que durou até 1988, a banda acabou, aí um amigo meu me deu uma dica de uma banda precisando de vocalista urgente, o anúncio estava numa loja em Mauá aqui no abc e essa banda era o DZK, fui ate a loja e peguei o endereço do baterista Macarrão, pedi para fazer um teste com eles, aí ele me falou “teste o caralho!!! É só chegar e cantar”, daquele dia em diante me mantenho a frente da banda até hoje.




2- A banda participou do histórico disco “O começo do fim do mundo” com o nome de Decadência Social. Como foi que surgiu esse convite e porque mudaram o nome da banda para DZK? 
Barata- O convite surgiu por sermos uma banda do abc, eu ainda não estava no DZK essa época, depois do festival a banda Decadência Social acabou, aí o macarrão queria continuar com a banda, mas o restante da banda não permitiu usar o mesmo nome, ai ele colocou o nome de Dizikilibriu Social.

Compacto de 1992



3- Em 1992 a banda relança em vinil o material de dois compactos gravados anteriormente. Esse disco chamado “De geração para geração, eternamente punk” ainda tinha seis sons inéditos. Qual foi a sensação quando vocês pegaram as primeiras cópias na mão? 
Barata- Quando saiu o primeiro compacto que foi apenas 500 cópias, meu é muito prazeroso ver o material físico na mão, ai já queríamos mais copias porque foi pouco, ai nos falaram não vamos fazer sim mais 500 cópias, mas com outras musicas novas, fizemos, então o primeiro se chamou “Dizikilibriu Social”, o segundo se chamou “Sexo cerveja e punk rock”, ai veio a oportunidade de gravar o LP, tínhamos seis músicas novas, ai tivemos a idéia de colocar as musicas do compacto junto no LP, porque saiu apenas 500 cópias de cada, sendo assim quem não tinha o compacto, teria ele no LP, e quem tinha o compacto teria que pegar o LP, por causa das outras músicas que não tinha no compacto.




4- Em 2000 a banda lança o CD “Imperialistas” que pelo título já dá pra ver que eram duras críticas ao sistema? Era um disco conceitual ou com temáticas diversas? 
Barata- O disco foi feito com temáticas diversas, chamado “Imperialistas” , uma crítica ao Estados Unidos, por querer sempre dominar o mundo pela força das guerras.




5- Em 2006 vocês lançam o disco “Fui Punk”. O que vocês queriam dizer com esse disco? A partir daquele dia não eram mais punks? Ou era um grito contra tudo de errado que vocês viam no cotidiano e até mesmo dentro do movimento? 
Barata- Quando começamos a trabalhar esse disco, iria se chamar “Fui punk minha vida inteira”, mas ates de gravá-lo, o Flexa saiu da banda, ai veio o Bokâ que era da banda Paranóia Nuclear e se juntou a nós, ai mudamos o nome só para “Fui punk”, porque era á musica título do disco, sabíamos que iriam ficar se questionando , o porque fui punk , se não éramos mais, mas a intenção foi essa mesmo, das pessoas ficarem se questionando, pô os caras não são mais punks, aí quando se deparam com a gente e vê que continuamos nossa luta ate hoje, a música começa como “fui punk a minha vida inteira, aí decidimos: vai ser só “fui punk” , para causar impacto do questionamento de ser punk.




6- Durante um tempo o guitarrista Flexa resolve sair da banda, voltando somente em 2007. Como foi ver novamente o DZK com sua formação clássica? 
Barata- Pois é, o flexa saiu da banda quando ainda estávamos no processo de fazer o “fui punk”, ficou um tempo fora, e resolveu voltar, o bokâ depois que gravou o disco ficou por três anos conosco , e saiu da banda, ai passaram vários guitarristas, até que um dia o flexa pinta no ensaio , e o outro guitarrista que estava conosco há alguns meses não compareceu no ensaio, aí Flexa pegou a guitarra e começou a levar o som. Meu, parecia que nunca tinha saído da banda, ele se empolgou, e nós também, aí ele falou: “meu, quero o meu lugar de volta”. Concordamos , e está até hoje, ele que faz a maioria das letras da banda.

Flexa de volta



7- Em 2008 é lançado o CD Tributo ao DZK, que contou com a participação de 27 bandas. Qual a sensação ao ouvir esse disco e sabendo que vocês são influência para todas essas bandas? 
Barata- Ficamos muito contentes com esse tributo, isso mostra que nossa luta não é em vão, que todas as bandas que participaram, tem influências do DZK, mas cada uma com sua cara, o disco ficou muito bom, nós mesmo ouvindo , falávamos: “caramba!!! Os caras estão tocando melhor que nós!!!” rss.




8- E agora vai vir um CD de comemoração aos 30 anos do DZK? O "Dizikilibriu Social" continua? 
Barata- Queremos muito fazer sim um novo disco, temos várias músicas novas, mas sempre sem tempo para ensaio e acaba sempre sendo adiada essa idéia de fazer o disco dos 30 anos, mas vamos nos esforçar para que isso aconteça, mesmo que seja com 31 ou 32 anos, com certeza o Dizikilibriu Social continua até que o coração parar. rss.

9- Saindo um pouco do assunto, você tinha um programa chamado Rota 77 com parceria com o grande Marco Ribeiro. Acho que foi um dos primeiros programas especializados em punk HC na net. Já tocaram até som de minha banda lá sem a gente nem se conhecer. O Marco me falou uma vez que encontrou nosso som pesquisando na net. Como era feita a seleção da programação? 
Barata- É verdade. O Rota 77 foi o primeiro programa que começou a tocar o que ninguém tocava, quando ele me falou: ”tem uma banda aqui, o cama de jornal”, achei legal o nome e o som e tocamos, queríamos fazer isso mesmo mostrar o trabalhos das bandas que fizeram parte da cena, e as que estão surgindo dando continuidade na cena, a seleção era feita na hora que íamos gravar mesmo, com alguns materiais que as bandas nos enviavam, depois da rádio fizemos o festival do rota com 30 bandas, foi muito massa, aí paramos por um tempo, o Marcos estava sem tempo para fazer a radio, aí comecei outra empreitada, fiz outra rádio que se chamava Combat Rock que durou três anos, ai parei, voltei a fazer o rota de novo com o Marcos, aí fizemos outro festival , que se chamava “Rota 77 Convida” com 20 bandas. Foi muito bom esse festival, mas a rádio ficou no esquecimento, comecei a cobrar o Marcos para retornarmos a fazer, mas nunca dava certo, mas ainda tenho vontade de voltar a fazer, mas o Marcos não quer mais, terei que fazer sozinho. Aguarde, em breve retorno, mesmo que sozinho.




10- Barata, muito obrigado pela atenção. O espaço é todo seu pra divulgar o que tiver que ser divulgado e falar o que tiver que ser falado: 
Barata- Bom meu velho, eu agradeço pela oportunidade de falar um pouco da minha história, é muito bom eu preste a completar 51 anos e ainda estar participando de tudo isso, a receita para sobreviver a tudo isso é fácil, tem que ter carisma e caráter, gostaria muito de um dia fazer uma tour pelo nordeste, mas é um sonho ainda não concretizado, se alguém quiser nos convidar para fazer shows , entre em contato com a Dunga que iremos com certeza: 
Bom Nem, valeu pela oportunidade. Tem punk aí!!! Com certeza que tem!!

Contatos: dunga@bandadzk.com
Site Oficial: www.bandadzk.com

Macarrão (bateria), Barata (vocal), Flexa (guitarra) e Charuto(Baixo).

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Entrevista com Alexandre da Stinky Kalau

O objetivo do blog nessa nova fase é dentre outras coisas, mostrar novas bandas que estão movimentando o underground. E uma dessas novas bandas é a Stinky Kalau, de Salvador-Ba. Por isso conversei com o amigo Alexandre, vocalista e guitarrista da banda.acompanhe aí...
Alexandre UZT

1-Sei que vc já teve outras bandas. então nos conte primeiro como surgiu e quando foi a idéia de montar a stinky kalau?
Alexandre: No final de 2008 a banda uzt chegou ao seu limite, sobrou apenas eu na bateria e Rodrigo na guitarra e vocal, por outros problemas acabou. Eu sempre quis continuar mas teria que ser com novo sangue. A S.K. surgiu no começo de 2009 conversando com meu amigo Ivan Drummond, que já conhecia desde 2000. Nos juntamos pra ouvir rock n roll, punk, hard core e fazer letras. Daí surgiu a ideia dele ser vocalista e montar uma banda. Ele escreveu muitas letras e eu as melodias no violão. Sem pressa fomos levando assim, fizemos dois ensaios com Bruno Maluco, um baterista muito doido e versátil, mas ele não sabia tocar punk rock. Ivan também cuida da tia dele de 94 anos, então é muito difícil de ensaiar mas ele sempre faz letras novas. Entao em 2010 chamamos Roberto Canario, baterista da banda Sombra Sonora (1995), que curte hard core, metal e punk rock. Fizemos 4 ensaios com Ivan no vocal, eu na guitarra e Canario na Bateria. Em 2011, sem pressa de achar um baixista, pois a banda ainda estava em laboratório. Chamei um velho amigo e vizinho Pedro Dread para tocar baixo, pois ele curte muito hard core. Entao Ivan não pode ir nos ensaios, eu assumi os vocais e guitarra, Peu no Baixo e Canario na Bateria.
Roberto Canário

2-Já existe algum material gravado da banda?
Alexandre: Fizemos 3 shows e gravamos alguns ensaios.

3-Salvador é a terra do axé, mas sabemos que rola uma cena punk hc ativa. Nos conte como anda a movimentação por aí?
Alexandre: Eu sei que sempre haverá a revolta enquanto tiver a discórdia. Aposto que tem uma rapaziada em algum porão de Salvador fazendo zines e tocando punk rock. Eu estava mais envolvido com bandas de punk rock, mas ultimamente estou mais escravo do sistema, pagando minhas contas e trabalhando. Existem bandas de punk rock exclusivas eu tenho certeza, mas faz tempo que não vejo nenhuma. Estou muito caseiro. Gostava muito do Pés de Frieiras em 2008. Da Anemia, da Atraso... Mas a cena underground em geral esta forte. Temos bandas como Agressivos, Egregora e Sbornia Social que gosto muito.

4-Já tive a oportunidade de assistir um show da Stinky e gostei bastante da pegada e atitude, e percebi um leque muito grande de sonoridades. nos diga quais são as principais influencias musicais de vcs?
Alexandre: Obrigado. As principais influencias musicais da S.K. são: bad religion (80/85), Shelter, suicidal tendencies, grinders, punk rock nacional em geral, hardcore Califórnia e hardcore New York.
Stinky Kalau em ação no Tributo ao Cólera (Simões Filho-Ba)
5-Mesmo com pouco tempo nesse novo projeto, vcs já pensam em fazer alguma turnê ainda esse ano? Como tem sido a agenda de shows da banda?
Alexandre: Estávamos com planejamento de continuar a tocar por Salvador, mas desde que Roberto Canário quebrou o pé andando de skate, que estamos parados. Mas eu e Pedro Dread, o baixista, fazemos musicas novas sem parar. Estamos com repertorio de 16 musicas próprias e alguns covers.

6-Salvador é uma cidade que possui poucos espaços pra bandas undergrounds não comerciais, o que vcs tem feito para conseguir está sempre tocando por aí?
Alexandre: Não estamos tocando com frequência, e quero agradecer muito a Lenon (Sbornia Social) pelo apoio e força, como sempre vem fazendo. Agradecer também a Rodrigo do Ultimo Grito e a galera de Simoes Filho. E aproveitar para dizer que quando voltarmos a ensaiar queremos voltar a tocar por lá.

7-quando vcs lançarem algum material novo, vai ser disponibilizado para download livre? O que vcs acham dessa nova forma de divulgação virtual?
Alexandre: Sim, com certeza vamos disponibilizar alguma coisa, mas acho melhor vender o cd pois tem a arte de capa com as letras e conceito da banda. Sempre gostei disso. Mas divulgar pela internet é muito útil e rápido quando a pessoa não pode ir ao encontro da banda.

8-quero agradecer pela longa amizade entre a gente e deixo o espaço aberto para vc falar o que quiser. Valeu Alexandre e Stinky Kalau:
Alexandre: Nem, muito obrigado pelo forte apoio que sempre moveu a banda em que toquei e que atualmente toco. Estou sem muitas palavras agora, mas quero que as bandas de hard core e punk se unam com humildade, desde o empréstimo de equipamentos em um show, ate dividir o mesmo teto. Quero dizer, que apesar da correria diária de cada um, o movimento deve continuar na sua casa e na rua, protestando e atentando pras merdas que estão aparecendo. Movimentos que querem abafar nossa revolta. Um grande abraço para todos! Alexandre UzT.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Entrevista com o Danix, da Fina Flor do Entulho

Hoje o papo é com o Danix, vocalista da banda Fina Flor do Entulho, da cidade do Porto, em Portugal.

1- Primeiramente conte-nos quando surgiu a banda e o porque da escolha do nome Fina Flor do Entulho?
 Danix: A banda surgiu nos finais de 2008 após uns ensaios onde vimos que tínhamos formas de ver o som em comum e dai até a descarga foi seguir em frente. O nome surgiu de me lembrar de expressões do avozinho que ao se enervar ao ver políticos corruptos, crianças mal tratadas, a missa de domingo e outros programas de variedades em vez de lhes chamar bois e afins era mais simpático e dizia que eram a Fina Flor do Entulho da sociedade.
   
2- Esse foi o primeiro projeto/banda de vocês?
Danix: Não...mas eram outros tempos onde a garagem era o melhor bar da terra...

3- Como é a cena punk rock hardcore aí no Porto? Acontecem muitos shows por aí?
Danix: O movimento está vivo, tem muito pessoal novo com vontade e varias bandas no activo. Penso que podia existir mais um pouco de união e apoio entre todos não só local como no resto do pais, é uma forma de ver a musica sem superioridades e aberturas a diferenças, parecia-me uma seca ser tudo igual, pode-se é ir beber no mesmo barril e siga em frente. Existem alguns espaços a dar essa mesma oportunidade de todos se expressarem como a "casa viva" por exemplo, existem outros que é só para os amigos dos amigos, mas parado só se quiseres isso é uma realidade.

4- Por estarem na Europa é bem mais fácil circular por outros países. Mas o idioma em algum momento atrapalha a comunicação com outros países vizinhos de Portugal?
 Danix: Eu não sei se será por ai, expressamo-nos em Português porque é a forma como falas naturalmente, não tens que estar a pensar no belo tempo verbal, atrapalhar não pode ser visto como não te darem a mão, é assim que queremos é assim que temos. Essa pergunta tu sabes a resposta se fores para a as Américas mesmo as latinas.

5- A fina Flor do Entulho já tocou em lugares como prisões, na rua, em ocupações e também em “auditórios bonitinhos”, como vocês mesmos disseram. Quais são as reações desses públicos? Há alguma diferença?
Danix: Diferenças existem, para um recluso ( e já vão 2 a falar cá fora ), o ouvirem algo que curtem estão mais abertos e caricato estão presos nem animais ( estávamos aqui a falar a noite toda do que acho do sistema prisional de merda ), na rua fica quem passa e curte, depois nos outros sítios curte quem curte na boa senão tem um bar para matar a sede, nem curto muito palminhas é violentares a palma esquerda contra a direita, não me diz nada acredita...
   
6- A banda tem uma apresentação bastante energética e performática. Vocês têm alguma influência do teatro?
Danix: Eheheh do teatro não mais do circo, cada concerto é um concerto, nenhum foi igual, é natural depende do dia e dos copos, mas não existe nada programado nem limites para cada um na banda fazer o que lhe vier á tola, isso é a liberdade interna se não existir entre quem a debita não vale a pena muitas palavras de ordem sobre o assunto...saco roto!!!

7- Recentemente a banda lançou o 1º EP chamado “Carne de Deus” inspirado em um cogumelo alucinógeno com o mesmo nome? Qual integrante que experimentou esse cogumelo?
Danix: Os maias na Guatemala há 3500 anos utilizavam "carne de deus" em diversos rituais, (o Raul talvez tenha tomado desses á 3000), eu pela descrição da broa parece-me que os que tomei eram mais surrapa...

8- Vocês definem a Fina Flor do Entulho como “noise punk rock”. Tive a oportunidade de ouvir o EP e percebi um leque muito maior de sonoridades. De onde vêm todas essas influências?
Danix: Uma banda é feita de pessoas diferentes tens 2 caminhos ou fazes uma linha e está tudo á coca para teres um gênero para os outros gostarem do inicio ao fim, ou fazes aquilo que no dia te saiu e curtiram todos o momento em que a musica rebentou.

9- Queria que você falasse um pouco sobre a temática das letras desse EP:
Danix: A introdução é um alerta de que não vale muitas merdas que se veem por ai que vai tudo pregado na tabua. A Ensanguentado o desespero de estar agarrado á heroína onde não há heróis, a Inapto é uma história real sobre a inaptidão ao serviço militar por teres varizes nos colhões (chato não ir á tropa), a Circo Arder é uma critica aos políticos sobre a palhaçada que vês, um verdadeiro circo... a Cuidados Paliativos são frases da minha mãe e só dela, em delírio antes de morrer internada nos CP nos 6 meses antes de morrer. a Carniceiro é a simulação ironia do social lavadinho e certinho, no caso um medico que se torna no verdadeiro homem do talho. A Get Away um tributo, onde o refrão em português podias dizer não serei o teu olho do cú...
    
10- Vocês tem algum plano de um dia virem tocar aqui no Brasil? Já rolou algum convite?
Danix: Plano não há, nem guita, seria bom... convite nenhum mas seriam cascatas de cachaça garantidas...
  
11- Quais bandas brasileiras você já teve contato ouvindo material?
Danix: O Brasil sempre teve altas bandas, mas bons tempos quando Titãs eram Titãs, Cólera, Garotos Podres, Olho Seco, Ratos, Raul Seixas...muito sonoro brasileiro que passou pelo neurônio algum ainda passa...

12- Obrigado pela atenção. Deixo o espaço aberto para vocês falarem o que quiserem, deixar contatos, links para ouvir o EP, assistir vídeos e o que mais quiser divulgar sobre a Fina Flor do Entulho:
Danix: A rapaziada é que agradece ai o interesse pelo nosso som. Quem quiser foder o tímpano pode ouvir as duas cenas DiY que temos por ai no bandcamp ( http://finaflordoentulho.bandcamp.com/). Abraços a todos & Em frente!!!!!

sábado, 23 de junho de 2012

Entrevista com Lenon da Sbórnia Social


Troquei uma idéia com o Lenon Reis, batera da banda Sbórnia Social, da periferia de Salvador-BA.

1-Primeiro nos conte quando surgiu e como foi a idéia de montar a Sbórnia Social? Todos os integrantes já tocavam em outras bandas aí, né?
Lenon Reis: A Sbórnia veio do fim da Alienados do subúrbio! Nós já estávamos seguindo outra linha de pensamento e de som e esteávamos sentindo falta de alguns elementos na banda! E Rafael já não estava curtindo muito o nome Alienados do Subúrbio. Ai resolvemos reformular tudo e procurar um baixista! Rafael sugeriu chamar Marília que tocou com a Última Quimera (q eu tbm tocava) ai convidamos ela e pronto! Depois foi procurar um nome novo! E eu sugeri Sbórnia Social pois as letras novas eram criticas a sociedade soteropolitana que está passando por um processo radical de imbecilização coletiva! Então nós escolhemos esse nome!

2-Você sempre esteve ligado na cena de salvador, sempre articulando gigs por aí. Como anda a cena Punk HC aí na capital?
Lenon Reis: A cena em Salvador está fraca já tivemos tempos melhores! Mas aqui no subúrbio está começando a crescer! Muitas pessoas estão começando a produzir eventos aqui nesses últimos três meses tivemos mais de cinco eventos aqui no subúrbio ferroviário! Além disso, esse ano já trouxemos uma banda de Mossoró RN que foi a Lei do cão e ai Ironbound de Alagoinhas! Eu acredito que a galera do subúrbio está se concentrando para tornar isso aqui em um pólo cultural do rock! E isso é massa!!

3-A Sbórnia é uma banda relativamente nova, e pra galera que não conhece ainda, qual a linha a banda segue? Punk Rock, HC ou tá tudo junto na mesma panela?
Lenon Reis: Rapaz! Temos muitas influências! Nós três já viemos da escola do punk então já é raiz! ta nas letras em alguns arranjos e tal! Mas Fazemos um som Hardcore mais pegado para o Crossover! Mas a essência das letras é o punk e hardcore sXe! (não somos sXe).

4-Recentemente vocês estiveram no abril pro rock e tocaram em um espaço aberto para bandas independentes mostrarem seu som tocando uma música somente. Deu pra mostrar pra galera a proposta da Sbórnia Social? O que rolou de proveitoso dessa participação de vocês lá?
Lenon Reis: Cara eu achei massa! Acredito q as pessoas que nos ouviram curtiram! Pelo menos o que eu vi no vídeo que nós ganhamos foram aplausos! hehehehh!!
Tiveram pessoas depois que nos cumprimentaram e tal falaram que era massa o som, mas não repercutiu mais do q isso! Rapaz o Abril foi o melhor evento que eu já fui em minha vida então além da felicidade de tocarmos nesse espaço levamos uma gravação de vídeo e áudio!

5-Você é o idealizador do Projeto Pôr do Sol Hardcore, no bairro de Plataforma, periferia de Salvador. Qual a principal dificuldade de se promover eventos undergrounds como esse?
Lenon Reis: No início eram todas as dificuldades! Nós só tínhamos a bateria! Ai tínhamos que pegar as caixas emprestadas dos amigos!
Com o tempo começamos a alugar um som pra promover! Só q pedíamos uma cooperação da galera e tal e nem sempre dava para cobrir os custos! Quase sempre nós tirávamos dos nossos bolsos para pagar o prejuízo! Mas só em saber que estamos fazendo a diferença e mudando alguma coisa já paga todo nosso esforço! É o sentimento de dever cumprido em todo fim de pôr do sol!!

6-A banda pretende lançar algum material ainda esse ano?
Lenon Reis: Pretendemos sim!! No mês que vem (Julho) vamos entrar em estúdio para gravar nosso primeiro registro! Pensamos em um ep com seis a sete músicas! Mas ainda vamos resolver isso!
Paralelo a isso estamos produzindo nosso merchandising para arcar com alguns custos da banda e divulgar a banda também!

7-Você também é o responsável pela Quem é Doido Vídeos que tá sempre registrando a cena de salvador em shows. Será que podemos esperar um grande Vídeo Clipe da Sbórnia assim que esse CD novo for lançado?
Lenon Reis: Com toda certeza do mundo! Breve estaremos também lançando um programinha de entrevista com as bandas!
Vamos mostrar um pouco do cotidiano dos músicos e mostrar o som da banda!! Mas o clipe já estamos bolando um roteiro! Assim que gravarmos já estaremos lançando o clipe também!

8-O que você acha da internet como canal de divulgação? Vocês vão disponibilizar gratuitamente para download o novo material de vocês?
Lenon Reis: Rapaz a internet Hoje é fundamental para qualquer banda! Se não fosse ela eu não iria conhecer metade das bandas que eu conheço hoje!
Quem sai perdendo nesse caso são as gravadoras! Mas eu tô pouco me lixando para elas! hehehhehhehe! Quando nós gravarmos vamos disponibilizar algumas musicas sim! Com o tempo liberamos o disco todo!

9-Muito obrigado pela entrevista. Deixe o contato e links para a galera conhecer o som da Sbórnia Social e fica aberto o espaço pra você falar o que quiser:
Lenon Reis: Só tenho a agradecer a você Nem e a todos os nossos amigos e parceiros que estão sempre apoiando de alguma forma!
Agradecer também a Vinícius (Billy) do Ecos da Periferia que nos dá apoio integral em tudo que é possível a ele!
Nossos amigos da Ironbound, MxDxC, Theoryca e etc.. Se eu for citar todas as bandas aqui vou precisar de mais espaço!
Mais uma vez Valeu ai pelo espaço e pela iniciativa de Divulgar o Underground de verdade!
Quem quiser saber mais sobre nosso trabalho tem esses links aqui:

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Entrevista com Elias Karioka da Kranko


Hoje troquei idéia com o Elias Karioka, Vocalista/Guitarrista da banda Kranko, de Arapiraca-AL. Peguei o cara no facebook, momentos antes dele pegar uma cerveja na geladeira, e entre um gole e outro rolou esse bate papo bacana.

1- Primeiro nos fale como foi a idéia de montar a kranko?
Elias Karioka: Cara quando cheguei aqui no nordeste achei que tinha uma resistência como já conhecia em outras cidades tipo Serrinha-RN e Delmiro Gouveia-AL, mas a situação aqui e F...Pensei parado não posso ficar reuni mais 2 doidos conhecedores da musica punk e falamos vamos protestar e gritar, na hora os mulekes toparam ...


2- E de onde veio o nome Kranko? E quando foi formada a banda?
Elias Karioka: Ha Nem na boa Kranko aqui é que nem porra no sul ou já é nó rio de janeiro nada mais é que uma giria lokal, quero ganhar 0,01 pra cada um em arapiraca que fala a palavra cranco rsrsrs to brincando...a banda foi formada em 2010 em um bar em meio a ideias e cervejas, ha parece meio clichê mais foi assim que a Kranko foi formada no embriagar de cervejas.


3- E antes de formar a kranko, vocês já tinham outros projetos relacionados com o punk rock?
Elias Karioka: tive uma banda por volta de 83, 84 chamada Acinte Punk...em durou legal, em Sampa montei a Deskordenados e tambem fundei a Transgressores junto de grandes amigos!

4- E como você já tinha essa experiência com outras cenas em são paulo, o que você percebeu de diferente na cena do nordeste?
Ae Nem na boa ainda não assimilei bem não, eu acho os guerreiros do Under aki muito mais fodas do que meus irmão guerreiros do sul, ae na boa sem comparação aki tem que ter Underground no Osso na Alma na mente na pele e no espirito.


5- A dificuldade aqui no nordeste é bem maior em todos os aspectos, não é verdade?
Poucos espaços pra tocar, público pequeno e outras coisas...
Elias Karioka: Sim porem a reciproca aqui é 100% honesta.

6- E durante esse tempo de Kranko, já rolou a gravação de algum material?
Elias Karioka: Putz gravamos um ensaio e lançamos chamado insaiu du crancu e temos material pra gravar um full que esperamos o apoio de uma cooperativa aqui chamada pop fuzz.


7- Quais são as influências da Kranko?
Elias Karioka: Cara gostamos muito do punk nacional geralmente falamos dos oitentistas como KARNE KRUA, JASON, INOCENTES, RDP, BSB-h, mais não abrimos mão das novidades de hoje.

8- Novidades...quais novidades vocês estão curtindo hoje?
Elias Karioka: na boa eu não sou a melhor pessoa pra lhe responder isso: mais gosto muito de cama de jornal, Ódio Social, Misantropia, entre outras kozitas mas...rssrs...ouço tanta coisa que seria injusto dizer só uma.


9- Velho, obrigado pela atenção, lhe atrapalhando de tomar sua cerveja, mas agora deixo o espaço pra você dizer o que quiser, divulgar os canais pra ouvir a kranko, ver videos, o espaço é seu...
Elias Karioka: Ducaraleo, Ducaraleo, Ducaraleo, ae Nem, mo prazer em falar com vc e saber que a RESISTÊNCIA pode vir de qualquer pessoa e lugar irmão. obrigado pelo espaço! Voce podera ouvir a Kranko no Myspace, baixar o som pela Acintoso Records no Blog e ouvir em qualquer canto e entrando no FB e falar com os doidos no msn...bem nem sem direito rsrss
mais o meu contato ainda é kariokapunk@homail.com. E AGRADECER OS MULEKES VARETA(BAIXO), RICHATO(BATERA) E O DTRASH PELO TRAMPO NA KRANKO! SAUDE PAZ E RESISTÊNCIA SEMPRE A TOD@S!


VALEW e obrigado sempreeeeeeeeeeeee!
http://www.myspace.com/krankopunk
http://acintosorecords.blogspot.com.br
http://www.facebook.com/pages/Kranko

quarta-feira, 6 de junho de 2012

em breve, nova fase do blog Tosco Todo

Muito tempo sem postar aqui, o blog tava quase que esquecido...
mas muito em breve estarei botando ele pra voltar a ativa, com bastante entrevistas com bandas do underground brasileiro, conhecidas e desconhecidas do grande público..aguardem!!!